Quem passa mais tempo na cozinha já percebeu que o fogão de piso perdeu espaço para um rival moderno e enxuto: o cooktop. Ele ocupa menos área, combina com bancadas de pedra ou inox e dá aquele toque gourmet mesmo em apartamentos compactos. Mas na hora de escolher surge a dúvida: vale a pena apostar no modelo a gás, no elétrico tradicional ou mergulhar de vez na indução? A seguir destrinchamos dados de mercado, tecnologia, custos e tendências para ajudar você a decidir com segurança.
Panorama do mercado de cooktops no Brasil
O segmento de eletrodomésticos embutidos cresce em média 8 % ao ano desde 2019 segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Eletrodomésticos. Esse avanço é impulsionado por reformas residenciais e pelo lançamento de empreendimentos já entregues com infraestrutura para forno e cooktop separados.
Além do aumento de renda da classe C, dois fatores saltam aos olhos: a busca por design minimalista e a necessidade de otimizar metros quadrados em cozinhas cada vez menores. De 2020 a 2023, a participação dos cooktops nas vendas totais de fogões saltou de 22 % para 31 %, indicando que o consumidor brasileiro está disposto a pagar um pouco mais para ganhar espaço e estilo.
Em lojas físicas de linha branca, observa-se um mix composto por 55 % de modelos a gás, 30 % de indução e 15 % elétricos radiantes, proporção bem diferente de cinco anos atrás quando o gás detinha quase 80 % da prateleira.
Tecnologia por trás de cada tipo de cooktop
Apesar da aparência parecida, a tecnologia muda radicalmente entre eles:

- Gás: utiliza queimadores convencionais alimentados por GLP ou GN. A chama direta aquece a panela e permite controle visual da potência. É a tecnologia mais antiga, simples de consertar e compatível com qualquer utensílio metálico ou de cerâmica.
- Elétrico convencional: sob a superfície vítrea ficam resistências ou placas radiantes que se incandescem ao ligar. O calor atravessa o vidro e aquece a panela por condução. Ausência de chama aberta, mas a superfície fica muito quente e o tempo de resposta é lento.
- Indução: bobinas geram um campo eletromagnético que induz correntes nas panelas ferromagnéticas, aquecendo apenas o utensílio. Não há calor desperdiçado no vidro, o controle é preciso e a superfície esfria rápido. Exige panelas com fundo magnético.
“A eficiência térmica de um cooktop de indução pode chegar a 90 % enquanto o queimador a gás dificilmente ultrapassa 55 %” — Relatório EPE 2023.
Tendências de adoção: dados de vendas e projeções até 2026
Levantamento da consultoria GfK indica que as vendas de cooktops de indução cresceram 18 % ao ano entre 2021 e 2023, ritmo duas vezes maior que o mercado total de eletroportáteis. O movimento é atribuído à queda de preço das placas de potência e ao marketing pesado em torno da segurança.
Já o modelo a gás mantém vendas estáveis nas regiões Sudeste e Sul, onde há boa cobertura de gás encanado. Nas regiões Norte e interior do Nordeste, a adoção é menor pelo custo do GLP e pela preferência por fogões de piso.
Os elétricos radiantes estão em queda de 6 % anual. Fabricantes vêm descontinuando linhas de entrada para substituir por versões de indução que oferecem maior ticket médio. Projeções até 2026 apontam que a indução represente 45 % de todo o volume e o gás recue para 40 %, enquanto o elétrico convencional deve encolher para menos de 15 %.
Análise de custos: compra, instalação e uso contínuo
Para decidir com o bolso, vale olhar três frentes: preço na loja, gasto para instalar e custo mensal de energia ou gás. O resumo abaixo usa valores médios de São Paulo em 2024.
Tipo | Preço de entrada (4 bocas) | Instalação típica | Custo mensal (uso 1 h/dia) |
---|---|---|---|
Gás | R$ 800 | Ponto de gás + mangueira flex | R$ 22 (GN) |
Elétrico | R$ 1.100 | Tomada 220 V, disjuntor 32 A | R$ 38 |
Indução | R$ 1.600 | Tomada 220 V, fiação 6 mm² | R$ 28 |
Note que o gás é mais barato de comprar, porém exige rede encanada ou botijão próximo. A indução custa mais na loja, porém economiza na conta de luz em relação ao elétrico comum. Se precisar trocar toda a fiação, o investimento inicial sobe, mas alguns condomínios novos já preveem circuito dedicado.
Eficiência energética e sustentabilidade
O Brasil tem 92 % de matriz elétrica renovável em 2024, puxada por hidrelétricas, solar e eólica. Isso coloca os cooktops elétricos, sobretudo de indução, em vantagem ambiental sobre o gás, que emite CO₂ e metano durante a queima.
Considerando o índice de aproveitamento térmico:
- Indução: 85 % a 92 %
- Elétrico radiante: 65 % a 70 %
- Gás: 50 % a 55 %
Além disso, fabricantes de indução usam 80 % de materiais recicláveis (alumínio, vidro cerâmico e cobre) e oferecem programas de logística reversa. Já as bocas a gás contam com peças em latão e aço facilmente reaproveitáveis, mas ainda faltam pontos de coleta para mangueiras e válvulas.

Perfil do consumidor e intenção de compra
Pesquisas da Nielsen mostram que:
- 18-34 anos, classe B: prioridade em design e rapidez, tendência a escolher indução, sobretudo em apartamentos tipo studio.
- 35-54 anos, classe C: equilíbrio entre custo e tradição, mantendo preferência pelo gás mas já considerando upgrades.
- 55+ anos: valoriza familiaridade e manutenção simples, mantendo fogão de piso ou migrando para cooktop a gás.
Programas de cashback de grandes varejistas online adicionam até 20 % de retorno em datas como Black Friday e Dia das Mães, acelerando a troca do modelo antigo. A sensação de segurança (superfície fria) é o argumento que mais convence famílias com crianças pequenas a migrar para a indução.
Oportunidades para fabricantes e varejistas
O mercado ainda tem espaço para diferenciação. Modelos com conectividade Wi-Fi, integração com Alexa ou Google Home e sensores de temperatura já aparecem em linhas premium. A expectativa é que recursos smart cheguem a modelos intermediários até 2025.
Linhas de crédito verde oferecidas por bancos públicos cobrem até 80 % do valor de equipamentos classe A, incluindo cooktops de indução. Para varejistas, comunicar essa opção no ponto de venda aumenta em 12 % a conversão, segundo a Abinee.

Outra frente é a parceria com construtoras. Incorporadoras de médio padrão passaram a especificar cooktops de indução ou a gás 4 bocas embutidos nos apartamentos decorados, gerando pedidos em lote e previsibilidade de produção para as marcas.
Conclusão e recomendações práticas para o consumidor
Chegou a hora de decidir. Use o checklist abaixo antes de bater o martelo:
- Meça o nicho na bancada e verifique a rede elétrica ou de gás disponível.
- Calcule o orçamento total incluindo instalação e possíveis panelas novas.
- Reflita sobre seus hábitos: faz muitas frituras em alta chama ou prioriza rapidez e limpeza?
- Consulte a conta de luz, o preço do gás na sua região e planeje o custo mensal.
- Busque selos de eficiência e garantia estendida, sobretudo em promoções com cashback.
Pontos fortes e fracos em resumo:
- Gás: baixo custo inicial e compatibilidade total, porém menor eficiência e emissões.
- Elétrico convencional: sem chama, preço intermediário, mas superfície quente e consumo maior.
- Indução: rápido, seguro e eficiente, exige panelas magnéticas e investimento mais alto.
Para os próximos anos, esperamos queda adicional de 15 % no preço dos cooktops de indução graças ao aumento de produção asiática e incentivos fiscais a eletrodomésticos eficientes. Se puder investir um pouco mais hoje, a indução tende a oferecer o melhor equilíbrio entre desempenho, economia e sustentabilidade. Caso a prioridade seja manter custos baixos e aproveitar a infraestrutura já existente, o bom e velho cooktop a gás continua sendo uma escolha sólida.
No fim das contas, o melhor cooktop é aquele que faz sentido para o seu espaço, seu bolso e seu tipo de cozinha. Boa compra e bons pratos!
Perguntas Frequentes
Qual cooktop oferece melhor eficiência energética e menor desperdício de calor
Entre as opções disponíveis, o cooktop de indução atinge até noventa por cento de aproveitamento térmico, aquece somente a panela, reduz perdas no vidro e diminui o tempo de cozimento, além de consumir menos energia quando comparado ao gás e ao elétrico radiante.
Quanto custa instalar um cooktop a gás em apartamento padrão pequeno
Em média uma instalação de cooktop a gás envolve mangueira flexível certificada, registro de segurança e adaptação do ponto, custando de duzentos a trezentos reais, valor separado do aparelho, exigindo ainda verificação de ventilação adequada e distância mínima de tomadas para evitar acidentes.
O que considerar antes de escolher entre gás elétrico ou indução
O consumidor deve medir a bancada, confirmar disponibilidade de gás encanado ou circuito elétrico dedicado, avaliar eficiência, custo mensal, compatibilidade de panelas, facilidade de manutenção, impacto ambiental e preferências culinárias, pois cada tecnologia entrega respostas de aquecimento e controle diferentes que influenciam a experiência diária.
Cooktop de indução realmente pede trocar todas as panelas antigas
Nem sempre será preciso trocar tudo, mas a indução exige recipientes com fundo magnético, então panelas de ferro, aço inox compatível ou com disco de ferro funcionam perfeitamente, enquanto peças de alumínio puro, cobre ou cerâmica simples ficam inutilizadas, podendo ser mantidas apenas se receberem adaptador especial que reduz eficiência.

Quais tendências de mercado indicam crescimento da indução até 2026
Relatórios de fabricantes e da consultoria GfK apontam queda de preço dos módulos, marketing focado em segurança e programas de construtoras que entregam infraestrutura dedicada, fatores que devem levar a indução a representar quase metade das vendas nacionais até 2026, superando finalmente o tradicional domínio dos queimadores a gás.
Existem vantagens de segurança ao substituir a chama do gás pela indução
Sem chama aberta, o cooktop de indução elimina risco de vazamento, não aquece ar ao redor, possui desligamento automático ao retirar a panela e bloqueio infantil, reduzindo queimaduras e incêndios domésticos, enquanto o elétrico radiante ainda mantém superfície quente e o gás depende da chama visível com vigilância constante.
Como o perfil do consumidor influencia a escolha do tipo de cooktop
Público jovem de renda média valoriza design minimalista e rapidez, preferindo indução, famílias da classe C equilibram tradição e preço optando por gás, enquanto consumidores mais velhos muitas vezes priorizam familiaridade e manutenção simples, fatores que orientam campanhas de marketing diferenciadas e ajudam varejistas a definir sortimento regional nas lojas.
Qual impacto ambiental comparar energia renovável e emissões de gás na cozinha
Ao comparar fontes energéticas, a queima de gás natural ou GLP emite dióxido de carbono e metano, enquanto a eletricidade brasileira vem majoritariamente de hidrelétricas, solar e eólica, tornando cooktops de indução ou elétricos mais sustentáveis, especialmente porque aproveitam melhor a energia disponível e reduzem calor perdido no ambiente.
Fonte: Canal ThauTEC

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