No Brasil a cozinha deixou de ser apenas uma área de preparo de refeições e se transformou no centro social da casa. Essa mudança fez explodir a busca por eletrodomésticos embutidos, e entre eles o cooktop vitrocerâmico ganhou destaque. A seguir você confere um panorama completo do mercado, diferenças tecnológicas, tendências de design e dicas práticas para escolher o modelo ideal em 2024.
Panorama do mercado brasileiro de cooktops
O segmento de cooktops cresceu de forma consistente nos últimos cinco anos. Segundo números da Eletros, associação que representa fabricantes de linha branca, as vendas saltaram 42 % entre 2018 e 2023, com picos de procura durante a pandemia. A quarentena estimulou reformas residenciais e incentivou a troca do fogão tradicional por modelos embutidos que liberam espaço e conferem visual moderno.
Marcas nacionais como Brastemp, Consul e Fischer continuam a dominar o volume de unidades vendidas, mas players internacionais — Midea, Electrolux e Bosch — ganham terreno graças a linhas premium e parcerias com varejistas online. O mercado hoje é bem dividido: aproximadamente 68 % das vendas ficam com fabricantes locais, enquanto 32 % são importados, sobretudo da China e da Turquia.
A pandemia também mudou o perfil da demanda. Consumidores passaram a valorizar produtos multifuncionais, silenciosos e fáceis de limpar. Como resultado, cooktops vitrocerâmicos, que unem estética minimalista e superfície lisa, viram seu share crescer de 21 % para 29 % do total de cooktops vendidos entre 2020 e 2023.
Cooktop vitrocerâmico versus indução
Apesar de muitas vezes confundidos, vitrocerâmicos e cooktops de indução são tecnologias distintas. Entender as diferenças evita frustração na hora da compra.

Característica | Vitrocerâmico (resistivo) | Indução |
---|---|---|
Princípio de aquecimento | Resistência elétrica sob vidro cerâmico | Campo magnético que gera calor direto na panela |
Eficiência energética média | ≈ 55 % | ≈ 90 % |
Tempo para ferver 1 L de água | 7 a 8 min | 3 a 4 min |
Faixa de preços (4 bocas, 2023) | R$ 800 – R$ 1.600 | R$ 1.700 – R$ 3.500 |
Compatibilidade de panelas | Qualquer tipo plano | Apenas panelas ferromagnéticas |
Superfície quente após uso | Muito quente | Menos quente, calor residual da panela |
Para muitos brasileiros o preço ainda é fator decisivo. Modelos vitrocerâmicos chegam a custar 40 % menos que os de indução. Já quem prioriza segurança, rapidez e economia na conta de luz costuma optar pela indução, desde que esteja disposto a investir em panelas compatíveis.
“Clientes que trocam o gás de botijão por cooktop elétrico percebem redução média de 25 % no tempo de preparo das refeições, mas a eficiência real depende da escolha correta do produto”, afirma Juliana Rezende, consultora da Abinee.
A percepção do consumidor sobre segurança também pesa. Enquanto a indução é vista como mais segura por aquecer apenas a panela, o vitrocerâmico ganha pontos por não exigir trocas de utensílios e ser intuitivo para quem migra do fogão a gás.
Estudo de caso: Midea CCA40P2 como destaque em vitrificação
O Midea CCA40P2 é um dos cooktops vitrocerâmicos mais buscados em marketplaces nacionais. Ele traz 4 zonas de aquecimento, potência total de 6.000 W e controle touch com nove níveis de temperatura. O acabamento em vidro preto Schott Ceran garante resistência a choques térmicos e riscos leves.
A Midea entrou no mercado de linha branca brasileira em 2011 e, desde então, conquistou espaço com a estratégia de alta tecnologia por preço competitivo. No caso do CCA40P2, reviews apontam índice de satisfação de 4,7/5 nos principais e-commerces, destacando design e facilidade de limpeza.
Uma polêmica recente surgiu quando lojistas rotularam o modelo como “cooktop de indução”. Consumidores perceberam a inconsistência ao notar que qualquer panela funcionava. A marca reagiu rapidamente, adequando descrições e investindo em conteúdo educativo. Essa ação mostra a importância de capacitar o ponto de venda e evitar expectativas equivocadas.
Em marketing digital a Midea aposta em vídeos de unboxing, depoimentos de chefs de cozinha e segmentação por interesse em “home decor”. A combinação de influenciadores de lifestyle com anúncios de performance gerou aumento de 34 % nas buscas orgânicas pelo modelo em 2023.
Tendências de inovação e design para 2024
O próximo ano promete empurrar o mercado de cooktops para uma era de conectividade e personalização. Superfícies inteligentes com sensores de temperatura e detectores de transbordo já aparecem em feiras como a IFA Berlim. Esses recursos serão replicados em linhas nacionais na segunda metade de 2024.
A integração com assistentes virtuais — Alexa, Google Assistant e Siri — permitirá ligar bocas por voz ou receber alertas no smartphone quando a água ferver. Essa funcionalidade encontra terreno fértil no Brasil, onde 58 % das residências reformadas em 2023 instalaram pelo menos um dispositivo IoT, segundo a IDC.

Do ponto de vista ambiental, fabricantes estudam substituir fibras de isolamento convencionais por materiais reciclados e reduzir em até 20 % as emissões de CO₂ no processo produtivo do vidro cerâmico. O minimalismo segue em alta, mas ganha pitadas de customização: bordas em rosé gold e linhas coloridas prometem diferenciar cozinhas sem perder sobriedade.
Por fim, especialistas preveem que 1 em cada 3 cooktops vendidos no Brasil em 2025 virá com módulo Wi-Fi nativo, abrindo caminho para receitas guiadas e manutenção preditiva.
Oportunidades e desafios para fabricantes e varejistas
Apesar do crescimento, o setor ainda enfrenta barreiras. A principal é educação do consumidor. Muita gente não sabe a diferença entre vitrocerâmico e indução, o que gera devoluções e avaliações negativas. Marcas que produzem vídeos tutoriais e guias de compatibilidade de panelas registram taxa de retorno 18 % menor.
Os canais de venda também mudaram. Experiências omnichannel e showrooms phygital, que misturam atendimento presencial com recursos digitais, incrementam ticket médio em até 25 %. Porém, a pressão cambial e custos de importação exigem coordenação de estoques para manter preços competitivos.

Pós-venda é outro ponto sensível. Garantias estendidas de 24 ou 36 meses já funcionam como diferenciais, sobretudo em lojas especializadas. Entretanto, somente 57 % dos municípios contam com assistência técnica habilitada para cooktops elétricos. Ampliar essa rede é crítico para fidelizar clientes.
No marketing a aposta do momento são parcerias com influenciadores de gastronomia. Receitas rápidas que destacam o controle preciso de temperatura convertem até três vezes mais do que anúncios genéricos de produto, segundo estudo interno do Magazine Luiza.
Guia rápido para o consumidor escolher o cooktop ideal
Antes de bater o martelo em um modelo específico vale fazer um checklist. Ele ajuda a evitar surpresas depois da instalação.
- Perfil de uso: quem cozinha diariamente pode precisar de 4 ou 5 bocas. Para solteiros que pedem delivery com frequência, 2 bocas dão conta.
- Consumo de energia: compare a potência nominal. Modelos vitrocerâmicos partem de 1.200 W por boca. Some as zonas para entender o impacto na conta de luz.
- Compatibilidade de panelas: se já possui jogo completo em inox, a indução pode exigir troca. Vitrocerâmico aceita qualquer fundo plano.
- Assistência técnica: consulte o site do fabricante e verifique se há autorizada na sua cidade. O transporte para outra região encarece reparos.
- Design e bancada: meça o nicho com precisão. Vidro preto é curinga, mas tons grafite ou borda inox podem combinar melhor com eletros existentes.
Conclusão e perspectivas futuras
Analistas projetam crescimento anual composto de 8 % a 10 % para cooktops no Brasil até 2027. Esse ritmo deve ganhar tração com aumento da produção local, o que pode derrubar preços em 15 % já em 2025. Mesmo assim, educação contínua sobre tecnologia vitrocerâmica será indispensável para reduzir devoluções e aprimorar a experiência do usuário.
Em um cenário no qual a cozinha tende a se tornar o hub inteligente da casa, cooktops embutidos despontam como peça chave. Seja pela conectividade, pelo design clean ou pela eficiência energética, eles continuarão no topo da lista de desejos de quem planeja a casa dos sonhos para 2024 e além.
Perguntas Frequentes
Por que os cooktops vitrocerâmicos viraram tendência nas cozinhas brasileiras recentes?
O ambiente culinário ganhou status de ponto de encontro da casa, e o cooktop vitrocerâmico oferece superfície lisa, libera espaço, combina com design minimalista e, custando menos que a indução, tornou-se escolha natural para quem reformou durante a pandemia e busca modernidade sem perder praticidade.
Quais diferenças práticas entre cooktop vitrocerâmico resistivo e modelo por indução?
O vitrocerâmico usa resistência sob vidro, esquenta tudo ao redor e aceita qualquer panela; por isso é mais barato porém gasta mais energia, demora mais para ferver água e mantém a superfície bastante quente, enquanto a indução gera calor magnético direto na panela, alcança 90 por cento de eficiência, ferve rápido, é mais segura mas precisa de panelas ferromagnéticas e investimento maior.
Como escolher o tamanho e número de bocas ideais para meu espaço?
Meça a cavidade do balcão antes de comprar, verifique se há distância mínima de 5 centímetros nas laterais para dissipação de calor, escolha duas bocas para solteiros ou cozinhas compactas, quatro bocas para famílias médias e cinco ou mais zonas se costuma preparar pratos simultâneos; confira também se a rede suporta 220 volts e 30 amperes, evitando quedas de disjuntor.
Cooktop elétrico realmente compensa financeiramente comparado ao fogão a gás tradicional?
Na conta prática o cooktop elétrico pode reduzir o tempo de preparo em cerca de 25 por cento, eliminar gastos com botijão e diminuir riscos de vazamento, mas a economia financeira depende do perfil de uso; se cozinhar pouco ou morar em região com tarifa de energia alta, o fogão a gás ainda vence, porém em apartamentos com gás encanado caro ou sem ponto de gás a mudança compensa.

Que cuidados de segurança devo ter ao instalar e usar cooktop vitrocerâmico?
Instale sempre por profissional qualificado, garanta aterramento adequado e disjuntor exclusivo, mantenha crianças afastadas enquanto a área estiver quente, use utensílios de fundo plano para evitar escorregões, nunca coloque objetos metálicos sobre o vidro desligado pois podem aquecer por calor residual, e limpe a superfície apenas quando esfriar utilizando raspador plástico e pano macio para não riscar nem comprometer a vedação.
Quais marcas dominam o mercado brasileiro e quais oferecem linhas premium importadas?
Brastemp, Consul e Fischer respondem por quase setenta por cento das unidades vendidas graças à ampla rede de assistência e preços competitivos, enquanto Electrolux, Bosch e Midea avançam no segmento premium com vidro Schott Ceran, controles touch mais precisos e campanhas online focadas em design, elevando a participação dos importados a trinta e dois por cento do mercado nacional.
Quais inovações e recursos inteligentes devo esperar nos cooktops lançados em 2024?
Para 2024 espere sensores que desligam automaticamente quando o líquido transborda, conexão nativa com Alexa e Google para acender bocas por voz, alertas no smartphone informando ponto de fervura, modulação de potência por zona com reconhecimento de panela, superfícies com materiais reciclados que reduzem emissões de carbono na produção e opções de moldura colorida rosé gold que personalizam a bancada sem perder o visual minimalista.
Panelas antigas funcionam bem ou preciso trocar utensílios para utilizar o aparelho?
Se escolher vitrocerâmico resistivo suas panelas antigas de alumínio, inox ou ferro funcionarão normalmente desde que tenham fundo reto e bom contato com o vidro, mas ao migrar para indução é obrigatório usar panelas ferromagnéticas identificadas pelo símbolo de espiral, caso contrário o campo magnético não gera calor, exigindo investimento extra que deve ser considerado no orçamento.
Fonte: Canal

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